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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tua voz



Ouço ainda a tua voz...
Essa voz que diz e não fala...
Que a mim vem e cala
No coração o que nunca quis.

Esta voz me é bendita
A quem rendo meu canto...
E há de ter em versos meu espanto,
Pois naquela toda vida é predita.

De onde vem essa voz?
De certo não de lábios desnudos...
Nem tampouco de efêmera língua.
Vem de um íntimo e míngua
 A todos os fonadores mudos...

É-me especial a tua voz.
Compartilhas em ti minha solidão,
Pois não há de estar mais só o coração.
Entre olhares estamos a sós!

De onde vem essa voz?
Eis a flora composta
Nestas esféricas pérolas morenas,
O perfume de flores serenas
E o encanto em mim aposta.
Das sementes colhem-se óleos...
Que untam, indizíveis, meu coração.
E hão de estar adornando a visão,
Pois esta voz são os teus olhos.

E se já em meu ser teus olhos tenho
Não vivo mais eu errante.
Em fluidos caminhos, agora me empenho
Ter o andar sempre firme.
E se a frialdade da terra clamar a mim,
A fenecer a fibra, terei teus olhos comigo...
Resoluto, saberei ir-me...
E esta alma há de sorrir ali.

Que todos os momentos solidários, onde até mesmo lágrimas tenham rompido a amplitude dos teus olhos, tenham valido a pena para que neste momento pudesses ouvir a minha voz...

Dedicado à Joyce Cleyde, em vista de seu aniversário.
Wallisson Sudaro (01/07/10)




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