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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Bolo


A bala
abala
a bola
Burlando
a bula
Pela
pelada
bala
E polindo
pula
Pelo
pelo
pelado
Bola
bulida
Belo
bolo
bolado!

A pele
apela
a Apolo
Pelo
pila
empalado
Bulido
o belo
polo
A pô-lo
(bolo pelado)
Bolado
pela
balada
O bolo
balido:
Bela bala
embalada!

Wallisson Sudaro (24/08/10)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tua voz



Ouço ainda a tua voz...
Essa voz que diz e não fala...
Que a mim vem e cala
No coração o que nunca quis.

Esta voz me é bendita
A quem rendo meu canto...
E há de ter em versos meu espanto,
Pois naquela toda vida é predita.

De onde vem essa voz?
De certo não de lábios desnudos...
Nem tampouco de efêmera língua.
Vem de um íntimo e míngua
 A todos os fonadores mudos...

É-me especial a tua voz.
Compartilhas em ti minha solidão,
Pois não há de estar mais só o coração.
Entre olhares estamos a sós!

De onde vem essa voz?
Eis a flora composta
Nestas esféricas pérolas morenas,
O perfume de flores serenas
E o encanto em mim aposta.
Das sementes colhem-se óleos...
Que untam, indizíveis, meu coração.
E hão de estar adornando a visão,
Pois esta voz são os teus olhos.

E se já em meu ser teus olhos tenho
Não vivo mais eu errante.
Em fluidos caminhos, agora me empenho
Ter o andar sempre firme.
E se a frialdade da terra clamar a mim,
A fenecer a fibra, terei teus olhos comigo...
Resoluto, saberei ir-me...
E esta alma há de sorrir ali.

Que todos os momentos solidários, onde até mesmo lágrimas tenham rompido a amplitude dos teus olhos, tenham valido a pena para que neste momento pudesses ouvir a minha voz...

Dedicado à Joyce Cleyde, em vista de seu aniversário.
Wallisson Sudaro (01/07/10)




sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sentimento?


Sentimento?
Ah! Não se cheira,
Nem se toca,
É sentido sem sentido!

Sentimento?
Sim! Muitos me são...
Bons ou ruins
Como canção!

Sentimento?
Eu respiro,
E até expiro
Como vento!

Ai, ai, ai! Sentimento?
É sentir e estar vivo...
Como todo o mundo num só corpo:
Alma na carne!


Inspirado em Ingrid Ribeiro.
Wallisson Sudaro (24/02/12)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Lá e Cá


[...]

Lá onde a calmaria e o verde predominam...
Onde os ares bem mais puros que os de cá...
Onde pulmões respiram e são livres...
Hei depositado meu coração!

[...]

Na calmaria das brisas e das colinas de lá
Um misto de aves canta e é livre,
Mas cá desbotado o céu em cinza...
Misto é ver que mortos vivem!


Inspirado em Zion.
Wallisson Sudaro (24/02/12)

domingo, 6 de outubro de 2013

E o sabão acabou!


Não sei o que aconteceu com minha primavera... Eu sinto algo que em mim não casa com as formas coloridas dos dias frescos e perfumados... Por que não tomei caso dessa mudança a tempo de findar-lhe o avanço? Ando a estranhar essa inexatidão de mim mesmo. Não que nos conheçamos por completo ou que sejamos lineares ao sabor dessa consciência própria. Mas é que todo mundo que pisa em brasa grita ao menos um "ai"! E eu não fiz uso de nenhuma interjeição nesse tempo todo... Então busco aquele céu de outrora, ah, aquele céu, hum! Quão imponente e dono de si reinava nas retinas tão fatigadas de minha face... Mas, para onde foram as estrelas? Alguém, por favor, o endereço das Nebulosas... Quero ir ter com elas... Alguém? 
Estou provocado e não sei a quê. Uma música, por favor! Quero uma música que toque meu coração, não estou afim de mover-me daqui, se é que me entende. E vejam só que ocasião propícia ao diálogo, ao diálogo! E com as letras... Não! A poesia, que é essa alma repousada no corpo mudo, me pediu divórcio. E eu ainda preciso de um diálogo. Urgente, um diálogo! Acompanhado, por favor, com troca de olhares, cheiro e, por, gentileza, não esqueça do molho de lágrimas da sincera comunhão... Eu preciso ser ouvido... 
Ah, amor, onde te escondes? Queria convencer-te a devolver-me a poesia. E tu acharias tão lindo o gesto meu de colher nos olhos teus as flores de minha primavera. Talvez até me chamarias de Coração. E não poderia te devolver maior apreço. Ah meu pulmãozinho lindo! Meu pulmão! És, amor, meu respirar! 
Preciso dar acesso ao meu íntimo. Isso tem me sufocado... Estou confuso, largado às dúvidas, preciso logo de uma traqueostomia e não posso chamar o SAMU. Droga, tenho mesmo é que terminar de lavar essa roupa, afinal, hoje é Domingo! E vejo que me seria mais útil lavar também as roupas que vestem minha alma... Mas... O sabão acabou... E a poesia não voltou!

Wallisson Sudaro (06/10/13)


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