Wallisson Sudaro e Joyce Cleide (Antoniella Meireles) |
Anjo amigo,
Em teus braços encontrei ternura...
Deles não desejo desprender-me mais,
Pois neles revelas candura...
Que, pois em teus beijos a doçura
É o penhor que a vida traz!
Diz-me anjo meu,
Que posso ter-me livre nas asas tuas
E lá bem junto, sempre e tanto,
Ter-lhe repousada a pele nua
Que de certo tem sobre a lua
Maior encanto!
Anjo amigo não te aflijas,
Não entres em desespero.
Amar-te sem medida
É o maior dos meus desejos.
Almejo tuas palavras como música
Celeste de singela melodia.
Pois o brilho destes olhos
É a mais perfeita harmonia.
Não te demores anjo amigo,
Aproxima-te e busque estes braços
Que por ti esperam em alento...
Mas se foges no silêncio do espaço,
Recorda-te que teus os faço
Para que neles sejas contentamento.
Não te perturbes meu anjo lindo,
Eis que a noite silencia mais beleza,
Mas se estas palavras não te dão presteza,
Vou a ti plácido e sorrindo.
Quem sabe um dia te procures
Quando a solidão assombrar-lhe amada.
Vede que entre jardins e neste céu profundo,
Lá entre flores embalsamadas
Ou ainda entre estrelas da alvorada
Estarei na singeleza atado junto!
Se assim o é,
Vem depressa, vem!
Pois estes braços, sim estes braços,
São mais teus do que meus!
Wallisson Sudaro e Antoniella Meireles em 2009